Certamente você já ouviu falar do termo “morte encefálica” ou “morte cerebral”, óbito que ocorre devido à ausência de todas as funções cerebrais. Essa é uma condição totalmente irreversível e existem diversos protocolos médicos e jurídicos para atestá-la.
Uma pessoa com morte cerebral não consegue manter as funções vitais do corpo sem a ajuda de aparelhos. Assim, ela não consegue respirar ou responder a estímulos. Neste artigo, vamos explicar em detalhes o que é a morte cerebral e como ela é identificada. Continue a leitura e entenda!
O que é morte cerebral?
A morte cerebral é o desequilíbrio dos mecanismos que regulam a pressão do cérebro dentro do crânio. O trauma provocado por uma pancada forte na cabeça pode aumentar a pressão e, por isso, o coração não consegue bombear sangue para o local. Quando o cérebro deixa de receber sangue, perde suas funções – o que resulta na morte.
Normalmente, as situações que levam à morte cerebral são:
- Traumatismo craniano;
- Acidente Vascular Cerebral (AVC ou derrame cerebral);
- Aneurisma cerebral;
- Infecções ou tumores no cérebro;
Depois de entender o que é morte cerebral, torna-se mais simples saber a diferença entre essa condição e o coma. Isso porque, quando o paciente está em coma, ele apresenta fluxo regular e atividade no cérebro, ao contrário do que acontece na morte encefálica.
Como é identificada?
A confirmação da morte encefálica deve ser feita por etapas e de acordo com um protocolo rígido. Os procedimentos devem ser feitos apenas em pacientes que não respondem a estímulos, não possuem reatividade acima da medula espinhal nem conseguem coordenar movimentos de respiração.
No Brasil, o protocolo para identificar a condição deve ser feito por dois médicos diferentes, com um intervalo de pelo menos uma hora. Por meio de exames físicos, os especialistas irão avaliar as funções cerebrais do paciente. O reflexo do tronco encefálico, a reação das pupilas e a capacidade de respiração são examinados.
Também podem ser necessários exames complementares para detectar a ausência de metabolismo ou fluxo cerebral. Portanto, esses procedimentos são bastante seguros, já que existem diversas etapas para que os dois médicos possam atestar a morte.
A morte cerebral é reversível?
Entre as principais dúvidas sobre o assunto está o questionamento: “morte cerebral tem volta?”. Infelizmente, a resposta é negativa. Quando o cérebro para de funcionar, a pessoa é considerada legalmente morta e os aparelhos mantêm a respiração e os batimentos cardíacos por pouco tempo.
Assim, se a família autorizar e os órgãos estiverem funcionando, eles poderão ser doados e os aparelhos serão mantidos até que a retirada seja feita. Por outro lado, se os órgãos não forem doados, a equipe médica pode desligar os aparelhos e assinar o atestado de morte.
É importante ressaltar que, nos casos de morte cerebral, desligar os equipamentos não é considerado eutanásia, pois não existem chances de a pessoa sobreviver.
Neste artigo, falamos sobre como a morte cerebral acontece e quais passos devem ser cumpridos para que ela possa ser confirmada.
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