Síndrome do sobrevivente: quando o luto é cheio de culpa

Em um cenário de tragédias, como uma guerra ou a pandemia do novo coronavírus que estamos enfrentando, infelizmente muitas pessoas acabam partindo. Para aqueles que ficam, o cenário é ainda mais desafiador: lidar com a dor do luto e, muitas vezes, com a culpa. É a chamada síndrome do sobrevivente.

Neste artigo, vamos explicar o que é a síndrome do sobrevivente, quando ela surge e como enfrentar essa dor. Continue a leitura e entenda mais sobre esse assunto tão importante!

O que é a síndrome do sobrevivente?

Apesar de não estar formalmente catalogada no Manual de Diagnóstico e Estatística dos Transtornos Mentais (DSM), a síndrome do sobrevivente é uma condição bastante comum. Ela aparece depois que a pessoa passa por um grande trauma e sobrevive – e pode ser ainda mais intensa quando algum familiar acaba falecendo na ocasião.

Um acidente de trânsito, um soldado que volta da guerra e perde seus colegas de combate, uma família que perde alguém para o coronavírus. Essas são situações em que pessoas podem ser acometidas com a síndrome do sobrevivente e não saber como lidar com a morte de um ente querido. A culpa por ter sobrevivido (enquanto algum amigo ou familiar acabou falecendo) é o sentimento que mais prevalece.

  • “Por que não eu, ao invés do meu amigo?”
  • “Por que eu sobrevivi e meus familiares não?”
  • “Como posso ter o direito de viver, quando algumas pessoas mais dignas do que eu morreram?”

Quando esses questionamentos são muito frequentes e a pessoa não consegue resolvê-los, o luto se torna ainda mais complicado. Em alguns casos, ele se torna patológico e pode desencadear um quadro de depressão, por exemplo.

Por isso, é importante ficar atento à intensidade dos sintomas como perturbações do sono, ansiedade, pensamentos negativos, isolamento social e alterações de humor.

Como tratar a síndrome do sobrevivente?

Acima de tudo, a síndrome do sobrevivente é um reflexo do estresse pós-traumático que surge após a vivência de uma experiência negativa. A culpa é o sentimento mais presente nesses casos e a pessoa pode viver em um estado constante de negação e barganha, estágios do luto.

Muitas famílias não sabem como lidar com o luto na pandemia. Em muitos casos, surge o questionamento e a negociação: “se ficássemos totalmente isolados, ele não teria morrido”. Também pode aparecer a revolta com aqueles que não obedeceram o isolamento social.

Dessa forma, a pessoa que experimenta a síndrome do sobrevivente carrega uma grande culpa, o que pode afetar sua autoestima, autoconfiança e bem-estar emocional.

Esses danos emocionais podem ser contidos quando a pessoa trabalha essas questões, especialmente em um processo de terapia. Nesse espaço acolhedor, é possível ressignificar as emoções e construir novas perspectivas, mais otimistas e mais leves.

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Um dos sentimentos que mais aparecem na síndrome do sobrevivente é a sensação de que a pessoa poderia ter feito mais por aquele que se foi. Ainda que não houvesse nada que pudesse evitar o acontecimento, esse é um questionamento comum – e que precisa ser revisto.

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