DOAÇÃO DE ÓRGÃOS: UM ATO QUE SALVA VIDAS

A doação de órgãos é um ato nobre que pode salvar a vida de até 9 pessoas de uma única vez.
De cada doador podem ser doados: 1 coração, 2 pulmões, 2 rins, fígado (que pode ser bipartido para beneficiar duas pessoas), 1 pâncreas e 1 intestino No caso dos pulmões, rins e fígado, duas pessoas diferentes são salvas em cada caso: pulmão direito vai para uma pessoa e pulmão esquerdo para outra; o mesmo vale para os rins e fígado bipartido.
Geralmente, o transplante de órgãos costuma ser a única forma de esperança de vida ou chance de um recomeço para pessoas que precisam de doação. O procedimento cirúrgico consiste na reposição de um órgão (coração, fígado, pâncreas, pulmão, rim) ou tecido (medula óssea, ossos, córneas) de uma pessoa doente (receptor) por outro órgão ou tecido normal de um doador, vivo ou morto,
A DOAÇÃO DE ÓRGÃOS NO BRASIL
O Brasil é referência mundial na área de transplantes. O Sistema Único de Saúde brasileiro financia cerca 96% dos procedimentos de doação de órgãos do país, sendo o maior sistema público de saúde no mundo.
Em números absolutos, o Brasil é o 2º maior transplantador do mundo, atrás apenas dos EUA. Os pacientes recebem assistência integral e gratuita, incluindo exames preparatórios, cirurgia, acompanhamento e medicamentos pós-transplante, pela rede pública de saúde.

QUAIS ÓRGÃOS PODEM SER DOADOS?

Coração: naturalmente, o transplante só pode ser realizado após constatação da morte encefálica do doador. Em alguns casos em que não é possível realizar o transplante do coração do indivíduo que teve morte encefálica, as válvulas podem ser doadas.

Fígado: por se tratar de um órgão que tem a capacidade de regenerar-se, o doador pode doar parte de seu fígado em vida. Em geral, esse transplante é realizado em casos de cirrose hepática.
Pulmão: pessoas que sofrem com doença pulmonar grave, tais como fibrose cística, pulmonar e enfisema recebem a indicação de transplante. Em situações especiais, uma parte do pulmão pode vir de um doador vivo e são necessários dois doadores para um receptor.
Ossos: certamente você já ouviu falar de doação de medula, coração e pulmão, mas sabia que existe transplante de ossos? Geralmente o transplante ocorre em casos de lesões da coluna ou em pessoas que apresentem perdas ósseas decorrentes de tumores, trocas de próteses e traumatismo, além de pacientes portadores de deformidades congênitas e de coluna e de problemas odontológicos.
Medula óssea: é responsável por produzir componentes do sangue e é usada para a cura de doenças que afetam as células do sangue, como a leucemia. A doença da medula óssea é a única forma de doação que mantém um banco de doadores e que também é permitida a crianças e gestantes.

Rim: os rins, por serem dois, podem ser doados tanto em vida quanto após o falecimento. A doação do rim geralmente é feita para pessoas com hipertensão, diabetes, insuficiência renal crônica, entre outras doenças renais.
Pâncreas: esse tipo de transplante é feito a partir de doadores falecidos e geralmente é realizado junto com o transplante de rim, pois o pâncreas é um órgão que atua na digestão dos alimentos e também na produção de insulina, elemento responsável pelo equilíbrio dos níveis de açúcar no sangue. O transplante é feito em pessoas com diabetes e sérios problemas renais.
Córneas: o transplante só pode ser feito a partir de doadores falecidos, com idade entre 2 a 80 anos. Ceratocone e distrofia do endotélio são algumas das doenças graves que podem afetar a córnea, parte do olho que controla a passagem de luz para a retina.
Pele: a doação pode ser feita por pessoas falecidas ou aquelas que removeram partes da pele em cirurgias estéticas. O transplante de pele é recomendado em caso de pessoas que sofreram extensas queimaduras ou doenças dermatológicas graves.

QUERO SER DOADOR DE ÓRGÃOS

Se você quer ser doador de órgãos, primeiramente avise a sua família. Os principais passos para doar órgãos são:
Para ser um doador, basta conversar com sua família sobre o seu desejo de ser doador e deixar claro que eles, seus familiares, devem autorizar a doação de órgãos.

No Brasil, a doação de órgãos só será feita após a autorização familiar.
Pela legislação brasileira, não há como garantir efetivamente a vontade do doador, no entanto, observa-se que, na grande maioria dos casos, quando a família tem conhecimento do desejo de doar do parente falecido, esse desejo é respeitado. Por isso a informação e o diálogo são absolutamente fundamentais, essenciais e necessários. Essa é a modalidade de consentimento que mais se adapta à realidade brasileira. A previsão legal concede maior segurança aos envolvidos, tanto para o doador quanto para o receptor e para os serviços de transplantes.
A vontade do doador, expressamente registrada, também pode ser aceita, caso haja decisão judicial nesse sentido. Em razão disso tudo, orienta-se que a pessoa que deseja ser doador de órgãos e tecidos comunique sua vontade aos seus familiares.
Os órgãos doados vão para pacientes que necessitam de um transplante e estão aguardando em lista única, definida pela Central de Transplantes da Secretaria de Saúde de cada estado e controlada pelo Sistema Nacional de Transplantes (SNT).

A Viva Mais Plan apoia a doação de órgãos. Faça parte dessa missão de salvar vidas.